Hoje, o governo apresentará a reforma da previdência ao Congresso, iniciando um longo e politicamente tenso processo. Ele vem depois da primeira crise política do Presidente Bolsonaro (o Secretário-Geral foi demitido por alegações de corrupção). O projeto de lei constitucional precisa reunir uma maioria de 60% em ambas as casas do Parlamento.
Dada a fragmentação do Congresso, a falta de uma aliança estável e a comunicação confusa de Bolsonaro, não esperamos que a reforma seja aprovada antes da segunda metade do ano fiscal de 2019. Além disso, a reforma final provavelmente será uma versão diluída da inicial; a partir de agora, ele visa economizar cerca de 270 bilhões de dólares em dez anos em fundos públicos elevando a idade mínima de aposentadoria para 65 (homens) e 62 (mulheres) e mudando para um modelo de capitalização (cada indivíduo contribui para sua própria aposentadoria).
Ao mesmo tempo, o otimismo do mercado e do consumidor está em níveis recordes, desvinculando-se dos dados concretos. Um impasse político ou uma reforma decepcionante poderiam trazer de volta a volatilidade do mercado e maiores custos de empréstimos, como alertamos no ano passado.