De modo alinhado às expectativas, a economia contraiu pelo quinto trimestre consecutivo, apresentando um declínio de -0,2% t/t (-6,4% a/a). O crescimento no consumo do governo foi positivo pela primeira vez em mais de um ano (+2% t/t, mas -1,1% a/a) e as exportações líquidas sustentaram o crescimento geral do PIB conforme as importações contraíram e as exportações cresceram levemente.
O consumo privado continuou a contrair (-2,5% t/t e -12,5% a/a) bem como o investimento. No lado do fornecedor, a agricultura e a pecuária vieram ao resgate (+5,3% t/t) e o setor fabril interrompeu sua contração de um ano (+0,6% t/t). Embora a transferência do crescimento esteja a -2,5%, o PIB contraiu menos do que nos últimos três trimestres (-2,1% t/t, em média).
O pior da recessão pode ter ficado para trás; esperamos que a economia se levante lentamente este ano, apresentando uma contração anual de -1,8% em 2019 e um crescimento de 2% no ano seguinte. Ainda assim, com a chegada as eleições, o risco de um erro nas políticas monetárias aumenta; a derrota do Presidente Macri seria uma ameaça à sustentabilidade do endividamento.