Na semana passada, um sell-off no mercado fez com que o valor do peso argentino (ARS) caísse em -5% em relação ao USD. O estopim do sell-off foi a perspectiva do retorno ao poder da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner, embora ainda estejamos a cinco meses das eleições. Durante seu mandato, políticas intervencionistas eram frequentes e o país ficou incapaz de recuperar o acesso aos mercados financeiros internacionais.
Além disso, o índice de atividade mensal de janeiro sugere uma continuidade da recessão após a contração em -2,5% do PIB anual em 2018. Ademais, surgiram dúvidas quanto ao programa de ajustes do Presidente Macri na medida em que ele impôs controles de preços para controlar a inflação desgovernada (55%).
Em uma decisão controversa, o Banco Central reagiu ao sell-off abandonando a zona de não intervenção na moeda; o banco utilizará suas reservas cambiais de USD 72 bilhões para apoiar a moeda e combater a inflação. Enquanto isso, temos como fatores de otimismo o reequilíbrio do duplo déficit e uma recuperação econômica gradual.