A BRF,  uma das maiores exportadoras mundiais de aves, está presente em mais de 127 países e possui marcas icônicas, como Sadia, Perdix, Hilal, Banvit e Qualy. Suas unidades produtivas estão espalhadas por 10 estados, com 35 unidades fabris localizadas no Brasil, além de outras 6 fábricas no exterior. 

O propósito da BRF é oferecer alimentos cada vez mais saborosos, práticos e de qualidade às pessoas em todo o mundo, por meio da gestão sustentável de uma cadeia viva, longa e complexa que proporciona a todos uma vida melhor, do campo à mesa. Com base nos compromissos fundamentais de segurança, qualidade e integridade, a sua estratégia se desenvolve sob uma visão de longo prazo e visa gerar valor para os seus 90 mil colaboradores, mais de 300 mil clientes e milhões de consumidores.

No Oriente Médio e na Turquia, a BRF possui 5 fábricas, incluindo a maior indústria de processamento da região, localizada em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, além de 30 centros de distribuição, escritórios comerciais e Centro de Inovação Halal. A empresa opera seguindo uma abordagem “do campo à mesa” com uma cadeia de valor totalmente integrada, oferecendo uma ampla gama de produtos de qualidade, incluindo frango inteiro, partes de frango, produtos prontos para cozinhar, vegetais congelados e batatas fritas. 

No GCC, sua principal marca, a Sadia, ocupa posição de liderança na categoria "frango" e é reconhecida como a marca preferida, um verdadeiro testemunho de seu legado na região.  

Em agosto de 2023, a BRF ainda anunciou a criação de uma joint venture (JV) com a Halal Products Development Company (HPDC) , uma subsidiária do Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita. O principal objetivo da JV será desenvolver ainda mais a indústria halal na região através do estabelecimento de uma Sede Comercial Halal, um Centro de Inovação Alimentar Halal e um Centro de Excelência.

Quando Bruno Massera – hoje CFO Internacional da BRF – assumiu a chefia de Finanças desta unidade em 2017, ele enfrentava desafios consideráveis ​​em termos de gestão de contas a receber. Foi através da reengenharia da parceria existente da BRF com a Allianz Trade que clareza e soluções foram encontradas. 

Naquela época, a maior operação internacional da BRF estava no Oriente Médio e a empresa estava empenhada em avançar na cadeia de valor. Mas quando Bruno assumiu o comando, descobriu que existia uma situação complexa entre a BRF, a Allianz Trade e as corretoras de seguros de crédito comercial da BRF na época.

Ele descobriu que o seguro de crédito não estava sendo aproveitado adequadamente: havia mais de 100 Notificações de Não Pagamento (NPNs) pendentes, com reclamações vencidas em 7%, resultante de uma clara lacuna de informação de todos os lados em termos de pontos e processos de conformidade, e a BRF não tinha pessoal suficiente nesta área.

“A situação do seguro de crédito comercial que herdei era complexa e desafiadora”, explica Bruno. “Passei meus primeiros dois anos ‘limpando a casa’ e construindo uma nova forma de trabalhar. Dobrei minha equipe de duas para quatro pessoas e reestruturei a organização. Também designei uma pessoa específica para trabalhar 100% em sinistros e totalmente dedicada ao seguro de crédito comercial. Outro membro da equipe foi designado para desenvolver os processos NPN (Notificação de Não Pagamento) para se manter atualizado.”

Bruno sabia que seriam necessárias mudanças ainda mais amplas para aproveitar ao máximo o seguro de crédito e formar parcerias comerciais mais lucrativas. Ele também estava plenamente consciente do valor que os relacionamentos certos poderiam trazer em termos de aceleração da mudança.

Ele começou revisando o seguro de crédito comercial da BRF. Uma de suas primeiras medidas foi nomear uma corretora proativa: Danielle Cousins, da ICBA UK (conhecida localmente como EFCIS). Especializada em seguros de crédito comercial e presente em mais de 75 países, a ICBA conseguiu agilizar o relacionamento entre as três partes e proporcionar uma melhor gestão do relacionamento com o cliente, o que anteriormente não era percebido pela BRF.

Com a nova corretora instalada, a BRF e a Allianz Trade for Multinationals conseguiram se conectar em níveis aprimorados. Nossa equipe da Allianz Trade for Multinationals, que administra grandes contas multinacionais e trabalha com a BRF há mais de 10 anos, acolheu com satisfação esse novo relacionamento mais focado e estava interessada em ajudar a BRF a aproveitar ao máximo seu programa de seguro de crédito comercial, trabalhando com o ICBA em enriquecer seus processos internos e em melhorar a forma de trabalhar em conjunto.

Anil Berry, então CEO da Allianz Trade for Multinationals (e atual Conselheiro Comercial) e Danielle travaram um diálogo transparente a fim de encontrar a melhor solução para a BRF. Juntamente com a recém-nomeada gerente de contas da Allianz Trade for Multinationals na época (e atual chefe de classificação automotiva), Rosa Hornung, Bruno conseguiu organizar melhor sua equipe e obter uma imagem muito mais clara de como implementar, gerenciar e alavancar adequadamente o seguro de crédito comercial. A nova visão da BRF de uma plataforma de crescimento bem gerenciada e eficiente foi criada por meio de uma verdadeira parceria entre a BRF e nós, facilitada e gerenciada pelo ICBA. “Oferecemos maior clareza à BRF e conseguimos atuar em nível de gestão, pois conhecemos muito bem nosso cliente”, explica Anil.

Em colaboração conosco e com o ICBA, Bruno embarcou então em uma revisão aprofundada dos processos, sistemas e políticas internas de NPN da empresa, juntamente com os requisitos de seu programa de seguros. Ambas as partes ofereceram treinamento à equipe de Bruno para garantir que os processos estivessem em conformidade e apropriados e que as verificações corretas fossem implementadas. Os processos da BRF foram totalmente reprojetados com ICBA e nosso suporte especializado.

“O seguro de crédito comercial pode ser uma plataforma excepcional para o crescimento, se usado corretamente e dentro do contexto de uma verdadeira parceria”, afirma Danielle, do ICBA. “Ele oferece um apoio que pode dar às empresas a confiança necessária para crescerem em novos mercados. Contudo, o seguro de crédito comercial deve ser revisto e gerido constantemente. Com ferramentas exclusivas e sistemas proprietários, como nossa plataforma de Análise de Risco e Compliance, podemos fazer isso de forma muito eficaz. A formação aprofundada sobre como tirar o máximo partido de uma apólice também é essencial para o tomador do seguro, tal como a documentação e os processos corretos. Mas o critério mais importante para o sucesso é ter as pessoas certas nos três lados.”

O Oriente Médio é uma região difícil em termos de acesso à informação e avaliação do risco de uma empresa, uma vez que as empresas da região não têm obrigação de publicar demonstrações financeiras. Mas graças ao estreito relacionamento com nossa equipe local, bem como com a ICBA Dubai (conhecida no Oriente Médio como Malakut), a BRF conseguiu alavancar a sua posição privilegiada e os dados oferecidos por nosso portfólio global de clientes. Como os clientes têm de nos informar sobre inadimplências de pagamento, possuímos amplo conhecimento de mercado e informações sobre a saúde financeira de empresas em todo o mundo. Essa estreita colaboração baseada em informações compartilhadas de forma transparente tornou-se a pedra angular da transição bem-sucedida da BRF.

Nos últimos sete anos, a BRF aprendeu que não é possível terceirizar suas decisões de crédito. "O seguro de crédito comercial é uma solução que pode ajudar a mitigar riscos, mas não pode substituir fortes controles internos de crédito", afirma Bruno. “É crucial saber que o seguro de crédito comercial existe caso as coisas corram mal, mas internamente tentamos operar como se não tivéssemos essa almofada. Ainda atribuímos limites de crédito e trabalhamos com subscritores quando não conseguimos entrar em contato com nossos clientes”, explica.

Dito isso, Bruno e sua equipe são categóricos sobre as vantagens de trabalhar com seguro de crédito comercial e com a Allianz Trade for Multinationals em particular.

“A chave para esta mudança extremamente bem sucedida nos processos e nos resultados que produziram tem sido o motivador de todas as partes envolvidas terem dedicado tempo para construir relações estreitas e de confiança, sabendo que estamos todos empenhados em trabalhar de forma transparente. Estamos muito satisfeitos com a nossa experiência no processo e com os resultados que temos visto”, acrescenta Bruno.