Dois dados lançados recentemente indicam uma recuperação da indústria no Brasil. A produção industrial cresceu +0,8% m/m em agosto, mais do que o esperado. Isso reflete a atividade mineradora mais intensa, enquanto a produção de bens de consumo e de capital caiu.
Em segundo lugar, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, Purchasing Managers Index) de setembro sinalizou o crescimento mais elevado na produção de manufatura desde 2017, atingindo a 53,4 pontos (uma leitura acima de 50 indica crescimento). A retomada no número de pedidos parece ter sido impulsionada pelo mercado interno, uma vez que as exportações caíram.
Isso está alinhado com o fato de que as economias emergentes menos abertas têm desempenho melhor do que aquelas mais abertas em meio à elevada incerteza nas políticas e à escalada nas tensões comerciais. O bom desempenho nos empregos sugere que as empresas esperam que o momento de crescimento se sustente no curto prazo. Uma recuperação gradual da confiança e a flexibilização monetária interna podem ajudar a economia a acelerar seu crescimento de +1% este ano para +1,8% no ano que vem.