Eleições nos EUA: Impactos sobre as relações exteriores

29 de Setembro de 2020

O conflito de “Paz Fria” entre os EUA e a China deve continuar ao longo da década de 2020, e a posicionamento de Biden em relação a China não será muito diferente da de Trump. No entanto, o que pode mudar é a tentativa de Biden de reafirmar relações com aliados tradicionais dos EUA que foram prejudicadas pelo Presidente Trump, levando-os a uma coalizão mais ampla de países que, juntos, trabalhariam para garantir que a China aderisse a regras internacionais.  Tarifas seriam usadas de maneira estratégica, mas não visceral. Biden estaria mais ansioso por garantir que a China abordasse a mudança climática e aplicasse pressão sobre a Coreia do Norte para controlar o militarismo e as provocações.  

Ambos os países continuam interligados economicamente, mas esperamos mais esforços pelo Congresso Americano para restringir investimentos chineses nos EUA. Sob Biden, os EUA também buscariam reafirmar relacionamentos na OTAN e com a UE, garantindo à Europa que a Aliança Atlântica continua importante. Os EUA poderia continuar os esforços já realizados nas gestões Obama e Trump para fazer com que membros da OTAN aumentassem seus orçamentos de defesa, garantindo sua cooperação no combate a riscos de cyber segurança, terrorismo e outros riscos à ordem internacional.

Uma segunda gestão Trump não seria muito diferente da primeira. O Presidente continuaria a promover a desregulação, encorajando o Federal Reserve a buscar uma política monetária mais flexível e não dando muita importância a questões de mudança climática. O Presidente Trump demonstrou seu desapreço por instituições internacionais e prevemos que isso continuaria.