As exportações francesas caíram subitamente em novembro, contrariando todos os ganhos observados desde o início do segundo semestre de 2019. Isso era esperado, uma vez que os pedidos de exportação já haviam caído antes. O movimento seguiu um dos melhores inícios da história no primeiro semestre (+15 bilhões de euros a/a).
Essa súbita parada pode ser explicada primeiro pelas perdas de exportações para a Alemanha, que chegaram a -0,6 bilhões de euros em novembro, equivalente ao mesmo valor total entre janeiro e outubro. Mercadorias intermediárias da cadeia de fornecimento de automóveis podem ser o motivo, com uma piora nos eletrônicos e metais.
Em paralelo a isso, as exportações para o Reino Unido caíram em -0,4 bilhões de dólares em novembro. A acumulação de estoques pré-Brexit foi bastante forte no primeiro semestre, e a demanda mais baixa no Reino Unido começa a fazer seu efeito.
Em relação à China, os ganhos de exportação somaram cerca de +2 bilhões de euros no primeiro semestre, mas devem convergir para zero em 2019 como um todo. O principal fator por trás disso é a queda nas exportações de aeronaves.
No geral, a parada súbita deve continuar no início de 2020, antes da recuperação que provavelmente levará os ganhos de exportação a +10 bilhões de euros em 2020, o ganho anual mais baixo em quatro anos.