A antecipação dos piores cenários, a começar pela insolvência do cliente, faz parte de uma boa gestão do risco de crédito. E quando os riscos se concretizam, a situação pode rapidamente tornar-se perigosa sem a análise de risco de crédito e proteção adequadas.
Neste artigo, descubra o que é o risco de crédito, como conduzir uma avaliação do risco de crédito e os melhores processos de mitigação a seguir.
Sumário
Pontos principais
- Conhecer e saber com quem está a lidar é fundamental: certifique-se que avalia a solvabilidade do seu cliente e negoceie condições de pagamento dos créditos de forma clara e adequada.
- Estabelecer limites de crédito com os seus clientes é outra boa prática: o montante de crédito que concede não deve ultrapassar um determinado limite.
Os principais riscos de crédito comercial
O que é o risco de credito?
Aqui está uma definição de risco de crédito: atraso ou falta de pagamento de um crédito comercial concedido a um cliente motivado pela sua incapacidade financeira para pagar as suas dívidas. É um risco essencial a ter em conta como parte da gestão do risco comercial se vender com condições de crédito.
O risco de crédito resume-se essencialmente a uma situação: quando um cliente se encontra em situação de insolvência, declarada judicialmente ou não, e e já não é capaz de honrar os seus compromissos, especialmente para com os seus credores.
Risco de insolvência de um cliente
A insolvência de empresas pode ter origem em vários fatores, desde a má gestão do fluxo de caixa até ao fracasso financeiro dos clientes ( efeito dominó) ou despesas excessivas. Por conseguinte, é necessária a realização de avaliações precisas do risco de crédito a fim de proteger a sua empresa..
Quando um cliente se torna incapaz de cumprir as suas obrigações vencidas, encontra-se em situação de Insolvência e pode ser objeto de um processo de natureza falimentar e de recuperação de empresas, que tem por objetivo ajudar a empresa a regularizar as suas dívidas e a manter a sua atividade.
Dependendo do país, os processos de natureza falimentar a podem assumir várias formas e incluir diferentes fases: reestruturação interna, nomeação de um administrador, renegociação da dívida com os credores, etc.
É no âmbito destes processos judiciais que se pode reclamar o pagamento de um crédito
O objetivo final é evitar a liquidação da empresa, que ocorre quando os seus ativos já não são suficientes para regularizar todo o passivo.
Integridade: o caso de um cliente menos integro ou desonesto
Agora que já abordámos a definição de risco de crédito, vamos analisar os casos que são mais difíceis de antecipar e que devem fazer parte da sua análise de risco de crédito.
Por exemplo, concedeu um crédito comercial a um cliente que dissimula os documentos contabilísticos para omitir elementos-chave da sua situação comercial ou financeira. As suas contas foram adulteradas e não refletem a sua capacidade de pagar quando o pagamento é devido.
Este comportamento será frequentemente o resultado de um trabalho da gestão ou da equipa executiva, já que são as pessoas em posição de “manipular os livros de contabilidade”.
A manipulação contabilística pode ir tão longe quanto à simulação da própria situação de insolvência: permitindo aos gestores estruturar a liquidação da empresa através de operações fraudulentas, através da ocultação de ativos, do aumento fictício ou ruinoso do passivo, entre outras ilegalidades...). Por vezes, a o recurso aos mecanismos legais, como a declaração de insolvência, pode ser uma "estratégica" para atingir fins ilegítimos.
O objetivo é obter acordos para redução da dívida da empresa ou desvincular-se de obrigações contratuais assumidas , por exemplo, com fornecedores cujos créditos ainda não estão vencidos.
A fraude também é por vezes praticada por terceiros, como no caso de fraude de "fornecedor falso" / usurpação de identidade: um hacker aproveita o período de pagamento concedido ao seu cliente no âmbito de um crédito comercial para roubar a sua identidade e substituir os dados bancários pelos seus.
Outras vezes, a transação em si é pirateada, muitas vezes quando o método de pagamento não é seguro. Tecnologias cada vez mais sofisticadas de cyber-fraude estão a tornar este tipo de fraude mais frequente e mais difícil de prevenir.
O que fazer em caso de insolvência de um cliente
No caso de insolvência de um cliente, deve recorrer a um advogado e/ou acautelar que são seguidos todos os trâmites legais aplicáveis à reclamação e verificação do seus crédito. A sua estratégia de gestão do risco de crédito deve basear-se num conhecimento profundo da legislação em vigor no país.
Antes de mais, precisa de conhecer a sua posição como fornecedor em termos de pagamento de dívidas - outros credores incluem geralmente empregados, bancos, autoridades fiscais, etc.
Alguns credores podem também ter negociado um direito preferencial ao pagamento (credor preferencial) ou garantido o seu empréstimo através de um ativo colateral (credor garantido).
A legislação comercial substantiva e processual é complexa e varia de um país para outro. Deve recorrer a advogados especializados para obter informações sobre as possibilidades de acionamento judicial para fazer valer os seus direitos e recuperar o seu crédito.
As pequenas empresas muitas vezes não dispõem de recursos internos para gerir o crédito malparado em caso de dificuldades.
Como proteger o seu negócio contra o risco de crédito?
Conhecer e saber com quem está a lidar é fundamental: certifique-se que avalia a solvabilidade do seu cliente e negoceie condições de pagamento dos créditos de forma clara e adequada. Pode também desenvolver processos internos sólidos de mitigação do risco de crédito para evitar e pagamentos em atraso.
Estabelecer limites de crédito com os seus clientes é outra boa prática: o montante de crédito que concede não deve ultrapassar um determinado limite. Os métodos comuns de cálculo dos limites de crédito dos clientes incluem:
· Fixação de uma percentagem do património líquido do cliente (os seus ativos menos as suas responsabilidades), normalmente cerca de 10%.
· Utilizar as referências comerciais anteriores do cliente (que normalmente podem ser encontradas no seu relatório de crédito) e escolher um valor mediano entre o seu histórico de crédito.
· Estimar as necessidades reais do seu cliente e não ir mais além.
Outra opção de mitigação do risco de crédito é assegurar que tem sempre uma reserva de liquidez para utilizar em caso de emergência.
Contudo, a gestão do risco de crédito não é, por vezes, suficiente para proteger o seu negócio. O seguro de crédito continua a ser a abordagem mais fiável para proteger o seu fluxo de caixa contra o risco de insolvência dos clientes e limitar consideravelmente perdas resultantes de tais incidentes de risco de crédito imprevisíveis – através do apuramento dos prejuízos cobertos e do processamento de uma indemnização.
A nossa experiência e compromisso
A Allianz Trade é líder global em seguro de crédito e gestão de crédito, oferecendo soluções personalizadas para mitigar os riscos associados a incumprimentos, garantindo assim a estabilidade financeira das empresas. Os nossos produtos e serviços ajudam as empresas na gestão de riscos, gestão de fluxo de caixa, proteção de contas a receber, cauções, seguro contra fraudes empresariais e processos de cobrança de dívidas, assegurando a resiliência financeira dos negócios dos nossos clientes. A nossa experiência em mitigação de riscos e finanças posiciona-nos como consultores de confiança, permitindo que as empresas que aspiram ao sucesso global se expandam para mercados internacionais com confiança.
O nosso negócio é construído com base no apoio às relações entre pessoas e organizações, relações que se estendem através de fronteiras de todo o tipo - geográficas, financeiras, industriais e outras. Estamos constantemente conscientes de que o nosso trabalho tem um impacto nas comunidades que servimos e que temos o dever de ajudar e apoiar os outros. Na Allianz Trade, estamos fortemente comprometidos com a equidade para todos, sem discriminação, entre os nossos próprios colaboradores e nas nossas muitas relações com aqueles fora do nosso negócio.