12 de novembro de 2024

A antecipação dos piores cenários, a começar pela insolvência do cliente, faz parte de uma boa gestão do risco de crédito. E quando os riscos se concretizam, a situação pode rapidamente tornar-se perigosa sem a análise de risco de crédito e proteção adequadas.

Neste artigo, descubra o que é o risco de crédito, como conduzir uma avaliação do risco de crédito e os melhores processos de mitigação a seguir.

Sumário

  • Conhecer e saber com quem está a lidar é fundamental: certifique-se que avalia a solvabilidade do seu cliente e negoceie  condições de pagamento dos créditos de forma  clara e adequada. 
  • Estabelecer limites de crédito com os seus clientes é outra boa prática: o montante de crédito que concede não deve ultrapassar um determinado limite. 

Aqui está uma definição de risco de crédito: atraso ou falta de pagamento de um crédito comercial concedido a um cliente motivado pela sua incapacidade financeira para pagar as suas dívidas. É um risco essencial a ter em conta como parte da gestão do risco comercial se vender com condições de crédito. 

O risco de crédito resume-se essencialmente a uma situação: quando um cliente se encontra em situação de insolvência, declarada judicialmente ou não, e e já não é capaz de honrar os seus compromissos, especialmente para com os seus credores.

A insolvência de empresas pode ter origem em vários fatores, desde a má gestão do fluxo de caixa até ao fracasso financeiro dos clientes ( efeito dominó) ou despesas excessivas. Por conseguinte, é necessária a realização de avaliações precisas do risco de crédito a fim de proteger a sua empresa..

Quando um cliente se torna incapaz de cumprir as suas obrigações vencidas, encontra-se em situação de Insolvência e pode ser objeto de um processo de natureza falimentar  e de recuperação de empresas, que tem por  objetivo  ajudar a empresa a regularizar as suas dívidas e a manter a  sua atividade.

Dependendo do país, os processos de natureza falimentar a podem assumir várias formas e incluir diferentes fases: reestruturação interna, nomeação de um administrador, renegociação da dívida com os credores, etc.

É no âmbito destes processos judiciais que se pode reclamar  o pagamento de um crédito

O objetivo final é evitar a liquidação  da empresa, que ocorre quando os seus ativos já não são suficientes para regularizar todo o passivo.

Agora que já abordámos a definição de risco de crédito, vamos analisar os casos que são mais difíceis de antecipar e que devem fazer parte da sua análise de risco de crédito.

Por exemplo, concedeu um crédito comercial a um cliente que dissimula os documentos contabilísticos para omitir  elementos-chave da sua situação comercial ou financeira. As suas contas foram adulteradas e não refletem a sua capacidade de pagar quando o pagamento é devido.

Este comportamento será frequentemente o resultado de um trabalho da gestão ou da equipa executiva, já que são as  pessoas em posição de “manipular os livros de contabilidade”.

A manipulação contabilística pode ir tão longe quanto  à simulação da própria situação de insolvência: permitindo  aos gestores estruturar a liquidação da empresa através de operações fraudulentas, através da ocultação de ativos, do  aumento fictício ou ruinoso do passivo, entre outras ilegalidades...). Por vezes, a o recurso aos mecanismos legais, como a declaração de insolvência,  pode ser uma "estratégica" para atingir fins ilegítimos.

O objetivo é obter acordos para redução  da dívida da empresa ou desvincular-se de obrigações contratuais assumidas , por exemplo, com fornecedores cujos créditos ainda não estão vencidos.

A fraude também é por vezes praticada por terceiros, como no caso de fraude de "fornecedor falso" / usurpação de identidade: um hacker aproveita o período de pagamento concedido ao seu cliente no âmbito de um crédito comercial para roubar a sua identidade e substituir os dados bancários pelos seus.

Outras vezes, a transação em si é pirateada, muitas vezes quando o método de pagamento não é seguro. Tecnologias cada vez mais sofisticadas de cyber-fraude estão a tornar este tipo de fraude mais frequente e mais difícil de prevenir.

No caso de insolvência de um cliente, deve recorrer a um advogado e/ou acautelar que são seguidos todos os trâmites legais aplicáveis à reclamação e verificação do seus crédito. A sua estratégia de gestão do risco de crédito deve basear-se num conhecimento profundo da legislação em vigor no país.

Antes de mais, precisa de conhecer a sua posição como fornecedor em termos de pagamento de dívidas - outros credores incluem geralmente empregados, bancos, autoridades fiscais, etc.

Alguns credores podem também ter negociado um direito preferencial ao pagamento (credor preferencial) ou garantido o seu empréstimo através de um ativo colateral (credor garantido).

A legislação  comercial substantiva e processual é  complexa e varia  de um país para outro. Deve recorrer a advogados especializados para obter informações sobre as possibilidades de acionamento judicial para fazer valer os seus direitos e recuperar o seu crédito.

As pequenas empresas muitas vezes não dispõem de recursos internos para gerir o crédito malparado em caso de dificuldades. 

Como diz o velho ditado, “mais vale prevenir que remediar”. A análise regular do risco de crédito é fundamental. Deve, portanto, estabelecer um processo forte e equilibrado de gestão do risco de crédito dentro da sua empresa antes de se envolver no crédito comercial e manter um registo do seu fluxo de caixa.

Conhecer e saber com quem está a lidar é fundamental: certifique-se que avalia a solvabilidade do seu cliente e negoceie  condições de pagamento dos créditos de forma  clara e adequada. Pode também desenvolver processos internos sólidos de mitigação do risco de crédito para evitar e  pagamentos em atraso.

Estabelecer limites de crédito com os seus clientes é outra boa prática: o montante de crédito que concede não deve ultrapassar um determinado limite. Os métodos comuns de cálculo dos limites de crédito dos clientes incluem:

·        Fixação de uma percentagem do património líquido do cliente (os seus ativos menos as suas responsabilidades), normalmente cerca de 10%.

·        Utilizar as referências comerciais anteriores do cliente (que normalmente podem ser encontradas no seu relatório de crédito) e escolher um valor mediano entre o seu histórico de crédito.

·        Estimar as necessidades reais do seu cliente e não ir mais além.

Outra opção de mitigação do risco de crédito é assegurar que tem sempre uma reserva de liquidez para utilizar em caso de emergência.

Contudo, a gestão do risco de crédito não é, por vezes, suficiente para proteger o seu negócio. O seguro de crédito  continua a ser a abordagem mais fiável para proteger o seu fluxo de caixa contra o  risco de insolvência dos clientes e limitar consideravelmente  perdas resultantes de tais incidentes de risco de crédito imprevisíveis – através do apuramento dos prejuízos cobertos e do processamento  de uma indemnização.

 

Image: People discussing on a coach

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